Na noite de terça-feira (23), Sam Bankman-Fried, o ex-CEO da falida FTX, deixou uma saudação intrigante em sua conta verificada no X: um simples “gm”, que significa “good morning” (bom dia). Essa mensagem causou alvoroço, especialmente porque, em geral, presos em penitenciárias federais nos Estados Unidos não têm acesso direto às redes sociais.
Assim que a mensagem foi publicada, a conta esclareceu que não foi SBF quem postou, mas sim um amigo em seu nome. Essa interação pela rede social virou um assunto polêmico, só que não é a primeira vez que SBF chama a atenção dessa forma.
O FTT, o token da corretora FTX, está em alta, cotado a aproximadamente US$ 1,10, subindo cerca de 32% nas últimas 24 horas. Impressionante, não? O volume de negociações também teve um aumento expressivo, passando de US$ 10,4 milhões para quase US$ 59 milhões em um único dia, segundo o CoinGecko. Embora o token tenha perdido sua principal função após a falência da corretora em novembro de 2022, ainda mantém o interesse dos especuladores durante o processo de liquidação.
Atualmente, SBF está cumprindo uma pena de 25 anos por fraude e conspiração, após desviar bilhões de dólares dos clientes da FTX e enganar investidores. Sua última postagem mais longa foi há meses, onde ele discutiu temas como demissões e desafios no ambiente de trabalho, mostrando empatia pelo desemprego e até dando risada sobre a falta de vontade de checar e-mails.
Outra atualização recente, logo antes de sua saudação no X, o FTX Recovery Trust entrou com um processo contra a empresa de mineração de Bitcoin, Genesis Digital Assets, visando recuperar US$ 1,1 bilhão. O documento alega que a Genesis recebeu pagamentos preferenciais antes do colapso da FTX.
A medida é parte de uma série de ações que antecede a terceira distribuição de recursos a credores, programada para 30 de setembro, que deverá liberar cerca de US$ 1,6 bilhão para aqueles que possuam reivindicações verificadas.
Tuítes da prisão
SBF foi transferido para um novo local em abril, após 18 meses no Centro de Detenção Metropolitana no Brooklyn. Agora está na Instituição Correcional Federal Terminal Island, em Los Angeles. As regras para comunicação estão bem restritas. Os presos podem usar um sistema seguro de mensagens chamado TRULINCS, que só permite troca de texto com contatos autorizados. Essa ferramenta é monitorada, e não dá acesso à internet.
É importante frisar que ter um celular contrabandeado é uma violação séria, podendo resultar em sanções, como reclusão solitária. Alguns advogados de presos acabam publicando declarações em nome deles, enviando textos ou cartas que são postadas nas redes sociais por terceiros.
Esses pequenos detalhes sobre o cotidiano de SBF e o status do mercado podem nos mostrar como o mundo das criptomoedas ainda carrega muitas interações e surpresas, mesmo em momentos complicados.
